quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A MORTE DA TARTARUGA

Banha o sol
Aquela praia deserta, pedregosa
Tostando na grande parte arenosa
Uma pobre tartaruga

  Vagarosa
  Caminha na areia quente
  Sob o sol forte, potente
  Tentando alcançar a água

O destino
Parece querer ajudá-la, talvez
Fazendo o sol lhe dar uma vez
Que se esconde nas nuvens

  Sombra
  Aparece ali num momento
  Amenizando tal sofrimento
  De uma tartaruga indefesa

Volta o sol
E seu casco volta a queimar
A sede parece enfim rachar
A goela daquela vagarosa

  A água
  Bem distante ainda está
  Talvez não conseguirá
  Resistir à morte

Forças
Essas armas onde estão
Para sair do maldito chão
Uma tartaruga já frágil?

  Parada
  Ficou na areia à lamentar
  Na quentura à esperar
  O destino que a aguarda

Morreu
Naquela praia pedregosa
De brisa quente, silenciosa
Sobre a areia quente.

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