domingo, 17 de julho de 2011

A ÁRVORE

A chuva forte molhava aquela árvore frondosa
Seu verde era lindo e exuberante
Senti grande paz naquele exato instante
Debaixo de uma marquise observava em silêncio
Aquele belo espetáculo da natureza
A água caindo, mostrando sua beleza
Um pensamento passou por minha cabeça
Algo que me deixa até hoje tristonho
Que me faz pensar que foi apenas um sonho
Precisamente debaixo de uma árvore
Comecei a sentir uma grande emoção
Com alguém que agora é só recordação
Mas com esforço consegui esquecer o passado
E a vida me colocou em outro caminho
Agora estou feliz, não estou mais sozinho

CHEGADA TRIUNFAL


As luzes incandiavam a minha visão
Eu estava confuso e ainda sonolento
Não sabia o que se passava naquele momento
Tinha a certeza porém de que raciocinava
Mas só do presente eu me lembrava
Apesar da razão a cabeça rodava
O passado era coisa que fugira de mim
Aquele lugar parecia ser aconchegante
Pessoas me esperavam, eu era um visitante
Me sentia aclamado como se fosse um rei
Aos poucos a mente foi clareando
Senti tristeza, acabei chorando
Com a sensação de ter cumprido uma tarefa
Vieram as lembranças e todo o acontecido
E aí me dei conta de que havia falecido

LAMPIÃO TÁ CHEGANDO

Um bule de café em cima da mesa fumegante
Dava prá ver pelo bico a fumaça saindo
Não tive dúvida, peguei a caneca sorrindo
Um gole de café com bolacha me aliviou
Naquela casa rude tinha chegado cansado
O trabalho na roça era pesado, mas gratificante
Estava agora com a família naquele instante
Na varanda uma prosa, um prazer para nós
Uma noite de sono foi suficiente para descansar
O dia amanheceu, o sol deu seu bom dia
Depois da refeição ao trabalho com alegria
Assim era a vida naquele imenso sertão
Gente pobre de dinheiro mas rica de plantação
A tranqüilidade se quebrava com o povo gritando
“Cuidado, minha gente, Lampião tá chegando!”
Só isso que tirava a nossa grande felicidade