quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

S E R T Ã O

  Era um dia de chuva grossa
  Que caía em pleno sertão
  Nos campos e nas caatingas
  Nas roças de grande extensão
As nuvens estavam tão negras
Que parecia o céu de noite
As manadas estavam quietas
Não boliam nem com açoite
 
  Nos casarões que lá existem
  Nas roças do grande Sertão
  Às vezes caía um raio
  Fazendo um grande clarão
Folhas e brotos novos para os animais da caatinga
Matuto conhece a vida
A chuva não vai fazer mal
As plantas vão ficar verdes
Aquilo era normal
  Tem gente que não conhece
  A vida lá no roçado
  Tem gente que vive dizendo
  Que vida de desgraçado
 
No Sertão é engraçado
Lá o sol é de lascar
A chuva é muito pouca
Quando vem faz animar
  E o sol é que só fogo
  Faz o mato todo tostar
  Poeira que só o diabo
  A estrada chega a rachar
[300px-2003SertaoNordestino.jpg] 
Grande parte da estrada
Nem mesmo tem o asfalto
Só se vê mato cerrado
Tem muito morro que é alto
  Vem carro de todo canto
  Passando pelo Sertão
  Vai ônibus de cá para lá
  Debaixo daquele solão

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