sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO (2012)


F elicidade é o que
E u desejo para todos do face.
L ogo mais 2011 estará
I ndo embora para sempre.
Z ás! Num piscar de olhos.

A í chega 2012, todo feliz
N o meio de todo mundo, recebendo
O s cumprimentos de praxe.

N ovos caminhos, novas conquistas,
O amor em evidência, a paz.
V amos aproveitar, gente!
O momento é esse! Feliz 2012.

VIVA OU MORTA


Eu sou a aurora
E me apresento ao mundo
Sou o sentimento
No íntimo o mais profundo
A força que empurra
O meu corpo para a vida
O gel refrescante
Que vai curar uma ferida
Estou viva para a vida
Para mudar um pensamento
Se tivesse vindo morta
Seria causa de sofrimento
Deus me concedeu
A dádiva de estar nesse meio
Viva vou ser feliz, vou amar
Se morta, voltaria sem receio
O importante é saber
Que todos me receberam bem
Se alguém não me queria
Não importa, não posso ir além 

(Homenagem a Maritza Rafaelly, filha de Maria Helena, vinda ao mundo em 29/12/2011).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A TRISTEZA DE NYELE

Nyele olhava o infinito com certa magia
Seus cabelos esvoaçavam ao sabor do vento
Já imaginava qual seria seu comportamento
Se dali fosse tirada contra sua vontade
Ali era o lugar perfeito para meditação
Onde permanecia por horas sem se cansar
O mundo era seu, ninguém devia questionar
Sentia o ar puro, admirava as montanhas
Tinha apenas uma lembrança em sua mente
Ali Nyele perdeu o seu grande amor
Um homem que a amava com muito fervor
Porém a fatalidade o fez cair no abismo
Chora baixinho, não consegue curar sua dor
Ninguém até hoje afastou-a da tristeza
O seu rosto lindo, exemplo de grande beleza
Jamais será visto por outro homem qualquer
Numa cadeira de rodas observa a paisagem
Escapou por um triz no vôo pelos arredores
A queda do aeroplano foi triste, uma das piores
Ceifou a vida dele, ela viva mas deficiente
Hoje a sua tristeza não tem fim
Escolheu aquele local para viver de ilusão
Pensa numa forma de encontrar uma razão
Que tire de sua mente um pensamento macabro

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O VELHO THOMPSON E A FORÇA DE DEUS

O velho Thompson não tinha como escapar
O bandido lhe apontava uma arma na cabeça
Pediu a Deus: que nada de mal lhe aconteça
Tinha família, queria poder vê-la ainda
Estava em terras de sua propriedade
Era um sítio que parecia deserto
Ali somente ele, mais ninguém por perto
Como pode aquele intruso ali chegar?
Lembrou de seus netos ainda pequeninos
Da alegria da esposa quando em casa chegava
E as missas dos domingos que freqüentava
Será que não teria mais esse prazer?
O cano da arma cutucou sua fronte
Fazendo o velho Thompson parar de pensar
A chave do cofre o bandido queria pegar
Obrigando que dissesse onde estava
Alguém havia informado o meliante
Que não podia tal detalhe conhecer
Queria dinheiro e jóias, depois desaparecer
Antes faria o sangue do velho jorrar
Thompson não tinha alternativa senão orar
Súbito um facho de luz paralisou o bandido
Que logo estremeceu e ficou aturdido
Deixando cair a arma em meio ao capim
O velho Thompson agora estava em paz
Saiu apressado para pedir ajuda
O que Deus faz o homem não muda
Não houve sangue nem se concretizou o roubo

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CHEGOU A HORA


Com os olhos tristes captei a mensagem mental
Hoje é seu grande dia, tente se acalmar
Era a minha partida, enfim iria descansar
Ganharia a liberdade espiritual já esperada
O corpo estava inerte, esse era o momento
Um conforto que acabaria o sofrimento
Não era mais ser necessário continuar ali
A doença que me consumia teria seu fim
Estaria me desfazendo das impurezas em mim
Hei de conhecer a tão desejada paz
O meu corpo já perde a sensibilidade
Resmungo baixinho: obrigado pela felicidade
Agradeço, Senhor, por esta hora chegada

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A PORTA DO INFERNO

stock photo : fire devil face on black background
A porta foi aberta abruptamente
Pouco estava entendendo o noiado, confuso
O seu corpo foi jogado, caindo em parafuso
Risos estranhos, lágrimas, gritos... e fogo
Tinha chegado nas entranhas do inferno
A porta, no alto, foi fechada imediatamente
Deixando ali o seu novo e infeliz componente
O uso constante de drogas o levara a isso
Infelizmente não existe outro caminho
Nada agora poderá por ele se fazer
Foi sua vontade, o seu jeito de viver
E a porta vai ser aberta para outros
Realidade nua e crua no mundo de hoje
Não deixe para depois o que pode fazer agora
Os mandamentos de Deus, cumpra sem demora

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

M I S T U R A

misturei vontades e desejos
resultou em ímpetos de alucinações
não queria só vontades, queria algo diferente
ver o que acontece num cérebro demente
provar do que chamam de transe

por isso adicionei doses de desejos
imaginei o sabor de poder flutuar
esquecer que o mundo aqui é normal
me sentir um neurótico, sair da real
conhecer esse outro mundo bem perto de nós

ele existe sim, é verdade
ninguém ouse de mim querer duvidar
os loucos são felizes, o mal não conhecem
zombam das tristezas quando aparecem
não sou louco, mas invejo o mundo deles

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VIDAS EM JOGO

minha vida não é minha
Deus me deu mas não garanto por ela
tenho que estar atento tal qual sentinela
é um jogo, temos tudo prá ganhar
só ganham aqueles mais persistentes
se chegarmos ao fim da vida ficamos contentes
os fracos logo padecem, perdem o jogo
por azar não souberam se defender
enfrentaram a violência, vieram a morrer
procuro esquecer tomando conta da vida
todo mundo faz isso, é jogo de azar
jogo com a vida, jogo prá ganhar

TRÂNSITO CAÓTICO

pessoas apressadas, trânsito lento... rotina
calor insuportável, engarrafamento triste
carros quase parados, todo mundo buzina
são loucos, estressados, quase não vivem
mas não largam seus carros por coisa nenhuma
preferem o lenga-lenga do trânsito caótico
só em ver tudo isso já me sinto neurótico
são fugitivos do lar rumo ao trabalho
não acham outro caminho, um atalho
é uma fuga desordenada, sem controle
coisa de cidade grande, dita organizada
fábrica de doentes mentais, gente paralizada
prefiro ser pobre, não ter carro prá andar
enfrentar o ruge-ruge do ônibus cheio
mas sofro do mesmo jeito, fico com receio
queria ser livre, andar solto na cidade
ordem e progresso, mentira da nossa bandeira
somos como bêbados empurrados na ladeira

MADRE TERESA

Madre Teresa caminhou lentamente
 pelo extenso e largo corredor do convento
Até atingir a capela, para agradecimento
 em suas orações diárias e meditações
Diante de Deus rogava pelos pobres
 tinha profundo sentimento por eles
Rezava com fervor por todos aqueles
 que eram esquecidos pela sorte
E nada a impedia de expor seus desejos
 sendo considerada um anjo na Terra
 uma luz que ilumina a escuridão
Tinha amor ao próximo, evitava a solidão
 sempre levando uma palavra de conforto
Em qualquer lugar onde houvesse pessoas
 onde se pudesse visualizar um cristão
Rasgando estradas para levar o sermão
 sem se abater com o cansaço resultante
Era sua vocação, seu trabalho para Deus
 Madre Teresa era a força viva da fé
Sempre feliz com o mundo do jeito que é
 pois o Senhor é justo para conservá-lo assim
Acreditando que um dia tudo vai mudar

AMARGO REGRESSO - II


O telefone tocou
Parecia que eu já esperava algo acontecer
Chorei antecipadamente, não pude me conter
A distância me separava de alguém especial

A notícia foi péssima
Deus levou quem estava no meu coração
Não queria prever mas foi minha intuição
O destino nos reserva fatos que lamentamos

Regressei apressado
Precisava agora dar um último adeus
Ver no seu rosto o fim dos sonhos meus
Não sabia mais encarar a vida sem ela

Senti profunda amargura
Imaginava tanta coisa apesar dos deslizes
Sonhava com o casamento, em sermos felizes
Mas meu mundo caiu, resta me conformar

domingo, 18 de dezembro de 2011

NIVER DE DORA (2011)


Esta pessoa está comemorando seu niver hoje. É Dôra, faz parte de nossa família e é uma pessoa agradável. Fiz esse acróstico para ela como forma de homenagem virtual e fantasiosa, pois na realidade a fantasia é no fundo um desejo verdadeiro. PARABÉNS PARA ELA!
...............................
A hora é chegada, vamos comemorar
U ma data importante na vida de alguém
X uxa foi chamada, convidei o Ronaldinho
I nformei para a imprensa com jeitinho
L ogo cedo telefonei para a família
I nstruí todo mundo para esse evento
A cionei a PM, chega a qualquer momento
D arão toda segurança que será necessária
O nde estará presente até o governador
R esolvi por minha conta chamar um cantor
A gnaldo Rayol que lhe fará homenagem
 
  

MESA DE BAR

Sentei numa mesa de bar
Para afogar minhas mágoas
Para esquecer a mulher que me deixou assim
Chorei numa mesa de bar
Para extravasar meus sentimentos
Para tentar sufocar a dor contida em mim
Um gole atrás do outro
Uma lágrima, outra lágrima em seguida
Procurava disfarçar ao lembrar sua partida
Os óculos escuros cobriam meus olhos vermelhos
Mas a dor no coração não tinha como evitar
Na mesa de bar apenas a solidão a me consolar

sábado, 17 de dezembro de 2011

EMÍLIA

uma forte corrente de ar
entrou pelo enorme corredor da casa
Emília dormia profundamente
naquela manhã que se previa de chuvas
acordou assustada colocando as luvas
para encobrir uma enfermidade em suas mãos
isso a entristecia, a deixava quase reclusa
naquele quarto onde o sol pouco clareava
na verdade ela não gostava, ele a incomodava
Emília sentia uma profunda decepção
por razões que o coração é quem sabe dizer
amara um homem que suas mãos o destruíram
movida pelo ódio os ciúmes a consumiram
hoje lamenta o desfecho de seu ato impensado
o destino colocou marcas em suas mãos
jamais vai esquecer, sente agora a carícia do vento
que entra pelo corredor e aguça seu pensamento

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

T H A M Y


Thamy olhou o relógio e saiu apressada
Mal teve tempo para um gole de café
Tinha dormido pouco, estava com sono até
A manhã estava linda, o sol brilhava
Tinha um compromisso, coisa de mulher
Carregava no ventre um fruto de puro amor
Era o segundo, frágil tal qual uma flor
Mas tinha esperança de torná-lo forte
Na saída consultou o futuro rebento feliz:
"E aí, bebê? Duvida que mamãe te ama?"
E conversa, não importa se atenção chama
Só quer mostrar que está feliz com ele
Thamy volta já tarde do consultório
O doutor examinou, tudo bem no momento
Se olha no espelho, procura um argumento
Dirige um elogio para dentro de si
Em breve a criança vai nascer sadia
Vai precisar de seus seios para se nutrir
Um agrado e um beijinho vai querer sentir
É o destino, é a vida sempre a reinar

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SEM EXPLICAÇÃO

Hoje acordei chateado sem saber qual o motivo
Tem dia que a gente fica assim, não emite opinião
A quem quer que seja, não fala sim nem não
Se sente um trapo, prefere ficar num canto calado
Sem falar nem com os botões tal qual um desprezado
Bateu-me uma dor de cabeça, pareço mulher menstruada

Lá fora o cachorro latia mas parecia alegre
O rádio estva ligado e tocava uma música chata
Voltei para dormir, o celular tocou na hora exata
À tarde fui trabalhar, porém cheguei atrasado
A mente estava confusa, o ônibus passou lotado
Amanhã será outro dia, hoje é sem explicação

SOMBRAS

Vejo imagens desfiguradas contemplando
o nada, tal qual autômatos sem rumo.

Ouço o som estridente de seus gritos,
percebo lágrimas em rostos enegrecidos.

São seres humanos, ou quase humanos,
semblantes de tristeza em corpos envelhecidos.

Não sei se o que vejo é real, talvez esteja
eu mergulhado em pesadelo horripilante,
somente aguardando o momento do despertar,
perturbado por esses trapos de gente a desfilar.

Mal os vejo, vislumbro apenas sombras
emitindo sons, talvez grunhidos de loucura,
seguindo em cortejo fúnebre até certa altura,
onde se confundem com o fogo em labaredas.

Sombras que imagino não existirem,
acreditando serem emanações do meu cérebro,
frustrações guardadas por longo tempo em mim
sendo evacuadas como imagens de sofrimento assim.

Me deixem acordar, sombras malditas!
Não quero lembrá-las quando chegar o amanhecer,
não quero pensar em nada que me faça sofrer.

Quero esquecer esse pesadelo de sombras
que sei que existem em algum lugar qualquer,
quero a paz e o descanso e alegria se a mim vier.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MENSAGEM PARA A FAMÍLIA

Imaginei minha vida sem o contato com a família, sem a presença de pessoas do meu lado, que me fazem sorrir, chorar, sentir saudades e mais uma porção de coisas que torna-se impossível descrever agora.

Como eu estaria então? Vagando pela rua, pensativo, triste, talvez demonstrando uma falsa alegria. Quem sabe num quarto curtindo uma solidão sem fim, até me acostumando a conversar comigo mesmo. Pensei também em outra situação mais comovente, mais triste ainda, me vendo num leito de hospital, acometido de um mal qualquer, sem uma visita tranqüilizadora, sem uma demonstração de carinho, por menor que fosse.

Dificilmente alguém tem um pensamento assim, pelo fato de estar ao lado daqueles que lhe são caros, que lhe dão oportunidades de viver a vida de uma maneira confortável, de lhe darem amor, de compreenderem suas fraquezas e de oferecerem a segurança de que necessita.

Porém, muitas vezes uma pessoa dispõe de todos esses detalhes, mas se sente só, não percebe o verdadeiro sentido da presença da família. Se sente dono de si e que sozinho pode resolver todos os seus problemas. É aí que entra a depressão.

Quem estiver lendo esta mensagem, por favor medite um pouco, pense na possibilidade de termos um mundo melhor, sem violência, sem ganância, vamos injetar bastante amor nos corações daqueles que nos ajudam, que nos amam, que nos fazem nos sentirmos bem, que nos dão carinho em todas as horas.

O amor é uma peça chave para que a família permaneça sempre alegre, sempre pronta para os momentos de satisfação e também para os momentos de tristeza, quando entra o conforto espiritual.

Paz e bem para todas as famílias.

MOACIR RODRIGUES

domingo, 11 de dezembro de 2011

A NAVE

a nave desceu suavemente sobre a Terra
ninguém sabia sua origem, seu mundo
o silêncio era sepulcral, bem profundo
ninguém por perto para testemunhar
esse evento estranho que estava a começar

luzes coloridas e ofuscantes piscavam
mereciam olhares, mereciam admiração
era um espetáculo de causar agitação
acordei assustado ainda querendo acreditar
que outros mundos existem, por que duvidar?

APENAS UM SONHO

de repente me vi numa rua deserta
as casas eram antigas, bastante enormes
grandes portas com semblantes disformes
aquilo me deixou atônito, sem idéia
como poderia isso estar acontecendo?
a tarde caía, já estava anoitecendo
e eu ali sozinho sentindo muito medo
me sentindo um verme, uma coisa pequena
fruto de um pesadelo nessa estranha cena
tentava correr mas as pernas não obedeciam
pareciam travadas com o pavor que sentia
cada passo era uma eternidade, eu sofria
procurei acordar imaginando um sonho
um sonho dantesco que me perturbava
apenas um sonho, enfim eu acordava
e me sentia o eu que sempre fui

DEBRUÇADO NA JANELA

Me debrucei na janela, olhei a rua
A visão era esplêndida, beleza sem igual
Razão da minha alegria, me sentia o tal
Corre-corre de pessoas, o trânsito fluindo
Imagem também normal no interior
A vida tem pressa, o atraso é um horror
Feito um viciado fico nessa janela
Experimentando o sabor do vento
Resmungo às vezes mesmo sem sofrimento
Nada a reclamar, frescura de um solitário
A olhar pela janela sem ter o que fazer
Nos momentos de alegria, também de lazer
Depois vem a noite, a escuridão atrapalha
E eu desço ligeiro para ver de perto
Subo mais ligeiro fugindo desse deserto