sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

UM CLARÃO NA MADRUGADA

 
Uma chuva incessante molha o meu corpo
Meus olhos apenas vislumbram gotas coloridas
Com o reflexo das luzes dos prédios
Lentos, meus passos, minhas pernas doloridas
A me conduzirem a lugar nenhum
Reajo, procuro ser forte, sigo andando
A contemplar a madrugada, minha companheira
O meu refúgio da tristeza, da infelicidade
No auge dos meus pensamentos confusos
A imagem de um raio nos céus da cidade
Me tira momentaneamente do vazio
Anestesiando meu sofrimento, me fazendo olhar
Durante fração de segundos um grande clarão
Rezo, não sei porque, procurando então me situar
Unindo forças em plena claridade do relâmpago
Guardião do espaço infinito acima de nós
A minha inseparável dor esqueci por um momento
Dei por mim nessa vida de notívago
Alimentando a esperança de acabar esse tormento
 

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