Quando eu era
menino, uma criança ainda, podia ter meus oito a dez anos, tinha muito medo da
morte, não gostava nem de ouvir falar nesse assunto. Para mim era como se fosse
uma coisa fora do comum, uma coisa sobrenatural e que só os adultos deveriam tocar
nesse assunto. Quando uma pessoa morria, geralmente pessoas mais velhas, era
aquele clima de tristeza, o respeito no ambiente onde o defunto ficava,
normalmente em suas casas, era de silêncio, com alguém rezando.
Hoje as
crianças já não pensam assim como eu pensava, já encaram a morte como uma
realidade e também pelo fato de se lidar muito com ela, ou seja, a televisão
mostra em suas reportagens policiais os crimes acontecidos, os cadáveres
estirados nas ruas ou nas próprias residências, o que acostuma as mentes infantis,
fazendo-as ver que a morte não é coisa do outro mundo.
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