quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A JANELINHA



Bel olhou pela janelinha
Viu o sol por entre as nuvens se esconder

Queria ser como ele, lá de cima tudo ver

Ter a visão do que a natureza mostrava

Mas estava ali preso num quadrado escuro

Pouco via a claridade, não tinha futuro

Aquela janelinha lhe mostrava o céu

Era muito alta, não conseguia subir

E muito pequena, não podia fugir

Naquela solitária só via o carcereiro

Quando chegava a noite tinha um candeeiro

Blasfemava contra tudo, depois se arrependia

Pelo seu crime foi castigado, agora sofria

Pensava na esposa que o abandonou

Por não aceitar seus vícios, sua valentia

A sua mente era perversa, doentia

Só o tempo agora para lhe transformar

Não parava de fitar a janelinha

Sua única amiga e companheira

Sempre ali, uma alegria derradeira

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