Ao acordar fixei o olhar no teto branco e
ainda na cama, deitado, imaginei aquele teto como uma tela da vida, onde eu
pude mergulhar numa fantasia que só o nosso cérebro pode imaginar. A mulher levantou-se
primeiro, eu sabia que ela já se aprontava para as atividades normais de dona
de casa, tinha de cuidar do marido, dos filhos e netas, apesar dos filhos já
serem adultos, mas as crianças precisavam de um certo cuidado, de atenção.
Assim como um aposentado atualmente pode se
desaposentar, eu imaginei poder descasar, voltar para a minha antiga vida de
solteiro, enfim, desfazer tudo que já foi feito ao longo de muitos anos. É uma
coisa humanamente impossível, mas para o nosso cérebro tudo é aceito, tudo pode
se feito, apenas na ficção, na imaginação fértil de nossas cabeças.
Tudo se desfez como fumaça depois que me
levantei para enfrentar a realidade.
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