sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

DEPOIS DOS SESSENTA


sigo por caminhos sem volta
sou dependente da sorte
apenas esperando a morte
prestes a chegar, não sei a hora
depois dos sessenta não tem futuro
é viver o momento, não muito seguro
de um velho cansado, mas resistindo
amante da vida, do seu mistério
que só termina no cemitério
quando dexamos esse mundo ingrato
já fui criança feliz, não tinha nada
agora, depois dos sessenta, vida agitada
mesmo tendo tudo, nada posso guardar

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