A força do
vento joga as águas
Contra as
pedras, que suavemente
Me molham,
ali sentado e sozinho
Apenas tendo
a lua como companheiraClareando o meu corpo imóvel
Olhando o
vazio e escuro mar
Vislumbrando
só pontos de luz
De
embarcações que navegam
Para algum
lugar distante
Não estou
só, estou com a lua
Essa minha
amiga solitária
Que me faz
escutar o som das águas
No silêncio
de uma noite
Num recanto
onde ponho pra fora
As minhas
lembranças, os meus anseios
A minha
vontade de gritar
Naquele
imenso e escuro mar
Onde só a
lua poderia escutar meu apelo
As palavras
seriam em vão
Serviriam
apenas para extravazar
O meu
descontentamento, a minha solidão
Nem estas
palavras sem rimas
Vão poder me
dar alegrias
Vão levar
até a lua o meu pensar
Pode até
alguém achar sem nexo
Não ver
sentido no que digo
Mas a lua é
testemunha visual
Ela que me
clareia e me faz
Vir aqui
neste canto desabafar
Eu e a lua
somos a verdade
Somos a
razão para levarmos a alguém
A maneira do
nosso pensar
Eu no meu silêncio,
a lua na sua solidão
Realmente Moacir, os astros são os companheiros na solidão dos poetas! Amei sua poesia cheia de encantos!O poeta sonha com coisas inexistentes e fica em devaneios. Faz viagens no trem das estações primavera, verão, outono, inverno e se fixa em lugares exóticos transcendendo o corpo arnal e sentindo apenas sua alma!
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