sábado, 10 de março de 2012

O CAMINHO DAS DROGAS


Ergueu suas mãos num ímpeto de quase loucura
Os olhos vermelhos demonstravam uma ira incontrolável
Uma lâmina afiada e um desejo insaciável
Manifestação presente em mente fora da normalidade
Até então estava quieto, como parado no tempo
Arquitetava talvez o seu terrível plano de ação
O raciocínio era vago, estava sem a menor noção
Caíra muitas vezes em delírios e choros convulsivos
Não tinha motivos, eram momentos que afloravam
Se tornava então um outro ser com outra mente
Um trapo insensível, animal em forma de gente
Vítima do uso descontrolado de várias drogas
Tinha tudo, tinha o apoio da família que o amava
Mas era pouco, ele estava sempre querendo mais
Um mais sem limites, que não o saciava jamais
Que o fazia odiar seus próprios entes queridos
As mãos trêmulas desceram em tamanha rapidez
Fazendo a lâmina sumir num corpo inocente
O sangue jorrou, um grito ecoou paralelamente
Deixando o ambiente em clima de grande angústia
Consumou-se um ato de um ser sem sua alma
As drogas o dominaram, destruíram o seu eu
Um caminho que não esperava, mas aconteceu
Não teve paz, seu mundo estranho acabou

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