domingo, 13 de janeiro de 2013

ARREPENDIMENTO



acendeu o cigarro e olhou a fumaça
que se dissipava no ar sem vento

era um olhar vazio, de sofrimento
uma dor que vinha do fundo do coração

levantou-se do sofá, estava impaciente
foi até a varanda, sempre tristonho

queria que tudo aquilo fosse um sonho
desejava acordar, viver a realidade

mas a realidade era aquela, sabia
pensava em Lúcia que tanto a queria

nunca imaginou viver sem seu amor
iria tentar resolver essa questão

ela foi embora sem aceitar seu perdão
estava magoada, preferiu ficar só

não queria mais esse homem vulgar
sentiu-se traída, não quiz se humilhar

ser apenas mais uma na sua cama
se achava o tal mas o destino o enganou

traçou seu caminho e ele chorou
viu que não valia a pena mentir

trocar um amor sincero por aventura
agora está só, na rua da amargura

arrependimento, palavra que lhe assusta
está arrependido do mal que fez

um amor que como fumaça se desfez
outro cigarro acendeu, uma vida se apagou

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