terça-feira, 16 de outubro de 2012

UM VAMPIRO APRENDIZ

    A velha mansão tinha um estilo antigo, mais parecendo um castelo, onde várias famílias passaram por ele, todas de alto poder aquisitivo. Max, um dos remanescentes dessas famílias, um rapaz de seus vinte e poucos anos de idade, que costumava ficar sentado numa varanda do primeiro andar nas noites de lua cheia, tinha um comportamento um tanto estranho para a sua idade. Desde pequeno acostumara-se a não ter amigos, passando a maior parte do dia dormindo, quando não frequentava o colégio. Já à noite mantinha-se esperto, não gostava de dormir, preferindo sentar-se na varanda da mansão, às vezes quieto observando os movimentos noturnos, quando não estava a ler alguma coisa, de preferência romances policiais com mortes misteriosas ou histórias de assombração. Ninguém contestava o seu modo de agir, havia se habituado a esse tipo de vida, coisa comum em grande parte dos jovens da época.
    Certa noite, quando se encontrava sentado na varanda, sentiu vontade de sair pela noite, já que a lua cheia lhe dava uma sensação estranha, um desejo que não conseguia explicar. Só sabia que queria sair, ter contato com alguém, de preferência do sexo feminino. Lembrou-se de quando era menino e ter visto uma das empregadas da família matar uma galinha. Observou atentamente o pescoço da ave ser despenado e depois ser cortado com uma faca, o que lhe proporcionou uma imensa satisfação. Ganhou a rua e andou sem rumo até encontrar uma mulher que estava sozinha em uma esquina, talvez à espera de algum namorado. Max se aproximou e puxou conversa com ela, preferindo não atacá-la para saciar seu desejo. Ela até que foi com a cara dele, conversaram um pouco e se dirigiram para um quarto indicado pela mulher. Ao adentrarem o mesmo, Max decidiu por em prática o seu plano maluco de provar daquele sangue. Queria se tornar um vampiro nessa sua primeira investida, queria sentir o sabor do sangue, afinal para tudo sempre tem a primeira vez. Mas na hora H ele fraquejou, vendo que a mulher só queria fazer sexo com ele. Max então percebeu que ela estava menstruada, decidindo fazer sexo oral com a mulher. Sugou todo aquele sangue de sua cavidade vaginal se lambuzando todo. A mulher ficou admirada mas aceitou saciar o seu desejo, não se preocupando se ele era ou não um vampiro. Para ela ele não passava de um vampiro esquisito.

    Na noite seguinte lá estava Max na varanda olhando a lua cheia e desejando outra aventura daquela e nada de matar a vítima, nada de violência, apesar de gostar de ler histórias violentas, romances com mortes estranhas. Na prática ele não desejava isso, tinha um certo receio, estava ainda aprendendo a lidar com esse tipo de coisa. Matar só se fosse extremamente necessário, pois no fundo ele não desejava eliminar vítima nenhuma. A experiência com a mulher menstruada lhe satisfez plenamente, o que lhe fazia retornar ao mesmo ambiente e encontrar aquela que iria lhe fazer imaginar ser um vampiro de verdade, pois saía dali tendo sugado uma boa quantidade de sangue. Max assim continuou, não sabendo se um dia seria um vampiro de verdade.

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