terça-feira, 5 de abril de 2011

DOCES LEMBRANÇAS

De pé, diante do penhasco, olhava o infinito
O tempo parecia não existir naquele silêncio
Costumava ficar ali envolto em pensamentos
Esperando aliviar todos os seus sofrimentos
Sempre voltava com um pouco de paz na alma
Fora ali que a amada havia dado cabo da vida
Lembranças foram o que restaram da união
E um pingo de felicidade não sobrou desde então
Mergulhado na solidão não queria sofrer mais
Balbuciou palavras desconexas, olhou o precipício
Resolvido estava a acabar com aquele suplício
A morte, quem sabe, o tiraria desse martírio!
Não sabia ele que o sofrimento seria maior
Com essa louca decisão pensando ser melhor
A razão fugiu e ele pulou no grande vazio
Sobre a Terra somente a lembrança de vidas vazias

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