Elza chegou às portas da loucura quando perdeu o marido e o filho numa
tragédia familiar, quando seu cunhado matou ambos a tiros, fugindo em seguida.
O problema foi por conta de disputa de propriedades, que já se arrastava já por
vários meses, culminando com esse duplo homicídio. Elza foi internada dias
depois dos crimes não aceitando o fato ocorrido, acometida de um certo
desequilíbrio mental, chegando ao ponto de agredir pessoas e falando coisas sem
nexo. Perguntava pelo marido e pelo único filho o tempo todo, não aceitando a
ideia de que estavam mortos.
Após algum tempo de internação o seu estado foi se agravando e teve que
ser levada para outro local mais apropriado para o seu caso, ou seja, um
manicômio. Lá ela conheceu Mirna e em poucos dias teve uma acentuada melhora,
ouvindo os conselhos dela, aparentemente uma doente mental abandonada pela
família, com quem iniciou uma amizade muito boa. Passavam o tempo o tempo
conversando no patio do hospital e Mirna lhe confidenciou que não era louca e
que estava ali para cuidar de uma determinada pessoa, fingindo um estado mental
descontrolado. Elza já estava se acostumando com a situação, só não aceitava a
ideia de ter perdido o marido e o filho e ela ter ficado nessa situação
difícil, presa em um manicômio como se fosse uma louca, apesar de ter
apresentado todos os indícios.
Certa tarde, depois de vários dias de internação, Elza passou por uma
avaliação psicológica e foi considerada apta para sair do manicômio. Junto com
Mirna, que também passou por avaliação, ganharam a liberdade. Já na rua
sentaram em uma praça para conversarem e Mirna explicou que ali no manicômio
existiam muitas criaturas que passavam por provações e que de certa forma
mereciam o castigo para poderem se redimir de seus erros passados e ela fora
incumbida excepcionalmente de cuidar de um caso e para isso teve que se fingir
de louca, ficando cerca de um ano naquele local, tempo para concluir a sua
tarefa.
Já em casa, mais tranquila e na companhia de Mirna, que foi convidada
para lhe fazer companhia, Elza ouviu da amiga a triste história de que seu
marido e seu filho, em tempos passados, foram protagonistas dos mesmos crimes,
também por disputa de bens materiais. Entre ambas também existia uma afinidade
muito grande, já que no passado foram mãe e filha assassinadas por um membro da
família. O assassino do marido e do filho de Elza passou vários anos foragido
mas foi vencido pelo remorso e se entregou às autoridades policiais.
Oi, poeta! Surpreendente e bem elaborado seu Conto! Parabéns! Já sou seguidora de seu Blog! Felicidades e sucesso sempre! Abraços de paz e luz!
ResponderExcluirObrigado, amiga Cida. Par mim é uma honra.
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