domingo, 18 de agosto de 2013

UMA TELA IMAGINÁRIA DE CINEMA

   Deitado no sofá da sala eu fixei o olhar no teto, imaginei nele uma tela de cinema e criei mentalmente imagens que o meu cérebro se propôs a “mostrar”. Tinha chegado da rua e nada tinha para fazer além de um pequeno repouso para descansar as pernas. Na tela imaginária eu criei imagens impressionantes, como cavalos em galopes velozes e seus cavaleiros os açoitando para que corressem ainda mais. Em direção oposta vinham outros cavaleiros montados em seus animais, os quais se digladiariam, numa guerra da era medieval. Em seguida mentalizei imagens de faroeste, filmes que eu adorava na minha época de menino, quando frequentava as matinês no cinema Atlântico, no Pina, em companhia de amigos ou dos meus irmãos. Na tela imaginária eu “via” os “cow-boys” em duelos ou cavalgando pelo velho oeste, o que me deslumbrava muito. No final do “filme” era de se esperar o famoso beijo do artista principal na mocinha, o que rendia aplausos da meninada eufórica.
   Eu conseguia até imaginar, deitado no sofá e olhando fixamente para o teto branquinho que nem uma tela mesmo, a minha própria imagem, os meus amigos, a família, enfim qualquer coisa que a minha fértil mente pudesse “tornar realidade”, uma infantilidade que também povoa cabeças de adultos.

   Hoje são só lembranças de tempos que não voltam mais, tempos que ficaram guardados na memória como se estivessem num rolo de fita e que eu sempre os “projetava” nessa tela imaginária que era o teto da minha sala.

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