a neblina quase não me
deixava ver nada
parei o carro e me
posicionei no acostamento
lá fora o frio era grande,
quase um tormento
dentro do carro o clima
era acolhedor
já era quase noite e o
tempo não mudava
sentia um certo receio por
estar sozinho
motoristas voltavam,
seguiam outro caminho
eu teria que esperar,
minha rota era única
pensei em Laura, como
estaria agora?
gostava de sentir meu
abraço na chegada
se eu demorasse ficava logo
desesperada
meu pensamento com certeza
estava nela
preso na neblina, refém do
tempo lá fora
uma espera que duraria
bastante tempo
alguns faróis lentos,
dúvidas, contratempo
pessoas sem saber o que
fazer na estrada
as horas se passavam, a
neblina permanecia
tinha vontade de seguir,
estava impaciente
no entanto tinha medo de
um acidente
queria estar bem vivo
chegando em casa
enfim o cansaço chegou e
me venceu
estava exausto no carro,
acabei adormecendo
nem me dei conta do dia
amanhecendo
nem do guarda batendo no
vidro do carro
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