terça-feira, 3 de julho de 2012

PINGOS DE CHUVA


o vento castiga, a  estrada é deserta
o cansaço chega, o sol desaparece
as nuvens se juntam, logo anoitece
o medo me perturba, meus nervos reagem
o sono me chama, mas preciso andar
vencer esse desafio, não posso parar
a chuva vem, molha o meu rosto
são pintos fortes, encharca meu corpo
não vejo abrigo, o andar é torto
meu cérebro pára, me sinto um morto
não vejo a estrada, só vejo a chuva
os pingos martelam, dói a cabeça
sigo em frente, talvez amanheça
as pernas enfraquecem, querem parar
eu quero repouso, a mente ordena
cessam os pingos, muda a cena
parou a chuva, o vento amainou
os pingos de chuva, um pobre sofreu
nós dois nessa luta, o fraco sou eu

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