quarta-feira, 29 de junho de 2011

O VIAJANTE SOLITÁRIO

                          
Eu tinha o maior prazer de estar naquele lugar
Era um recanto silencioso, pouca gente transitava
Ouvia o canto dos pássaros, feliz com certeza estava
Ficava próximo de um grande desfiladeiro
E à sombra de uma árvore tinha a visão
Daquele mundo bonito em meio a solidão
Às vezes passava por ali um desconhecido cavaleiro
Não sei quem era, talvez fosse um mensageiro
Ou alguém deslumbrado com as belezas dali
Parava e sentava numa pedra, ficando a pensar
Ali, como eu, se perdia naquela imensidão
Ficava horas meditando, alimentando uma ilusão
Montava o cavalo depois do mesmo ter descansado
Seguia estrada a fora após cumprida a missão
Eu a tudo observava nessa minha idêntica solidão
Era uma jornada que eu admirava quieto
Não queria distraí-lo, nem queria que me visse
Esse viajante, como eu, talvez insegurança sentisse
Estava sempre ali envolto em seus pensamentos
Talvez não sorrisse ou não soubesse amar
Como eu queria viver e apenas sonhar

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