quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VOZES DO ALÉM


Virou-se rápido e tomou posse de uma arma
O seu raciocínio inexistia, estava confuso
Zumbidos o atordoavam, de drogas fazia uso
Estava em plena decadência emocional
Só restava o olhar fixo na esposa querida
Mas ela o rejeitava, se sentia ferida
De nada adiantavam os pedidos para ele
O desejo era que se entregasse, que ouvisse a razão
Porém o ódio o absorveu, cegou a sua visão
Alí, com uma filha refém, imaginou ter o controle
Lágrimas desciam, vozes pareciam lhe torturar
E dando crédito ao além, na filha foi atirar
Mais uma bala e seu cérebro foi perfurado

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