quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
VOZES DO ALÉM
Virou-se rápido e tomou posse de uma arma
O seu raciocínio inexistia, estava confuso
Zumbidos o atordoavam, de drogas fazia uso
Estava em plena decadência emocional
Só restava o olhar fixo na esposa querida
Mas ela o rejeitava, se sentia ferida
De nada adiantavam os pedidos para ele
O desejo era que se entregasse, que ouvisse a razão
Porém o ódio o absorveu, cegou a sua visão
Alí, com uma filha refém, imaginou ter o controle
Lágrimas desciam, vozes pareciam lhe torturar
E dando crédito ao além, na filha foi atirar
Mais uma bala e seu cérebro foi perfurado
UMA NOITE DE TERROR
Um grande silêncio reinava naquele imenso aposento
Mais parecia que a vida ali não existia
A sala, com móveis antigos, pouca luz possuía
Nem sei o que fazia naquele lugar, sozinho
O medo contido em mim aos pouco ia aumentando
Iria com certeza me apavorar, me deixar tremendo
Tentei manter a calma, observando tudo ao redor
Entrar em pânico não resolveria a situação
De repente, ruídos estranhos chamaram a atenção
E gargalhadas debochadas romperam o silêncio
Tudo em minha volta começou então a girar
Estupefado eu caí, no chão não consegui gritar
Risos desconcertantes me fizeram perder a consciência
Reanimado, acordei, saí daquele grande sofrimento
O sonho quase real me deixou em profundo abatimento
Rezei e pedi a Deus para poder dormir em paz
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
DA MINHA JANELA
Da minha janela vejo a rua
E os primeiros raios de sol
Ouço o canto de um rouxinol
Saudando o amanhecer na cidade
Vejo o brilho no olhar
Das pessoas caminhando
Com um sorriso irradiando
Alegria que só nos faz bem
Da minha janela eu percebo
Também uma grande tristeza
Porém em meio a tanta beleza
Procuro manter um semblante de paz
Sinto o vento refrescante
Me trazendo somente felicidade
Me enchendo com intensidade
Desse alimento que nos conforta
Da minha janela eu sinto
O prazer de viver a vida
Porém uma lágrima contida
Me faz pensar nos que sofrem
Enquanto vida eu tiver
Não deixarei a minha janela
Pois é com amor diante dela
Que nascem os meus pensamentos
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O AVISO DA MORTE
Numa tarde fria de inverno eu tive um sobressalto
Olhava o céu cinzento quando meu corpo estremeceu
NAquele momento não pude evitar a sensação que me ocorreu
A Vista quase escureceu, fiquei parado por instantes
Isso jamais havia me acontecido, tinha certeza
ASsustado, comecei a chorar, me bateu a tristeza
O nome de alguém me veio a cabeça, senti um arrepio
De nada adiantou meus lamentos, coitado de mim
NAquela angústia eu pude me controlar mesmo assim
O aMor que sentia por esse alguém era muito forte
O sentimento de culpa me fez sair daquele lugar
Relutei muito para procurá-la, saber talvez a razão
TenTar entender o motivo daquela estranha sensação
Era tarde, dessa vez eu chorei copiosamente
Sua voz emudeceu, seus olhos se fecharam para sempre
VIDA DEGRADANTE
Reza para que chegue logo a sexta-feira
A semana inteira já é suficiente sem tomar uma
Não se preocupa com o trabalho, com coisa alguma
Prefere deixar o tempo passar
Dormir muito, não querer acordar
O final de semana é sempre de farras, de orgia
Os prazeres noite a dentro o dominam, o fazem delirar
O copo na mão, o cigarro na boca, isso é aproveitar?
Imagina a vida como uma eterna fantasia
Não sabe que mais tarde um preço tem que pagar
De nada vale o conceito social, o destino vai cobrar
Mas sempre há tempo para o arrependimento
A dívida pode ser bem menor
Por que esperar pelo pior?
Esqueça a sexta-feira, aproveite o fim de semana
Mentalize um passa-tempo melhor, deixe a vida degradante
Com o tempo verá uma nova vida bem interessante
domingo, 20 de fevereiro de 2011
ACORDEI COM O PÉ ESQUERDO
O telefone tocou
Acordei inesperadamente, ainda estava com sono
Andei até a sala, quase apressado
Parou de tocar, aí já fiquei estressado
Hora do café
Já tinha tomado banho e me arrumado
Sentei à mesa para a minha primeira refeição
Por azar o danado do café derramou no meu blusão
Tirei o carro da garagem
Manobrei para me dirigir ao trabalho
Estacionei na rua e fui fechar o portão
Aí surgiu um bandido com uma arma na mão
Cheguei no trabalho
O chefe de cara feia já estava me esperando
Olhou pro relógio, fez cara de interrogação
Cheguei atrasado, para ele não tinha perdão
Larguei do trabalho
Em casa a esposa já estava me esperando
Após o banho nós nos preparamos para jantar
Por incrível que pareça a luz achou de faltar
Melhor ir dormir
Com certeza acordei com o pé esquerdo
Talvez amanhã o dia possa ser melhor
Mas sem energia fiquei molhado de suor
sábado, 19 de fevereiro de 2011
O SENTIDO DA VIDA
Às vezes acordo de madrugada, perco o sonO
Minha mente fica envolvida em diversos pensamentoS
Afloram idéias de uma forma impressionantE
E eu permaneço ali, naquele descanso confortaNte
Achando que tudo é fácil, num raciocínio inocenTe
Querendo por em prática tudo que imagineI
Pois segundo minhas razões tudo pode ser resolviDo
A saúde, a segurança, isso são coisas do governO
E a vida? O nascer, o viver, o morrer, como poDe
Uma coisa tão maravilhosa, tão bonita, tão lindA
Ficar à mercê da sorte, esperar que o tempo resolVa?
Num mar de ilusões, sem tempo para o raciocínIo
Qual o sentido disso? A vida não é na verdaDe
O bem maior que Deus nos deu sem distinçAo?
IMAGINANDO UM RIO
Água lImpa descendo uma rua deserta
Indo beM adiante em caminhos tortuosos
Tal quAl um rio caudaloso e gigante
AGora visto do alto, se perdendo muito distante
MInha mente fértil capta essa imagem
Nada deixa escapar, parece miragem
AquelA água toda se esvaindo
Não sei de onde vem, procuro saber
Volto De novo para minha imaginação
TenhO a impressão de ver barcos
NUm movimento constante, sempre em ação
EMbarcações em perigo na força da água
Risos íntimos, estou rindo de mim mesmo
Imaginando naquela água de algum vazamento
O rio do meu olhar, fruto do meu pensamento
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O SOL COMO TESTEMUNHA
O sol escaldante banhava aquela estrada
Solitária e pedregosa, sem nenhum sinal de vida
Onde as montanhas ostentavam um belo visual
Longe da civilização, num silêncio bem natural
Com delicadas nuvens no céu dessa terra esquecida
O tempo parecia ter parado então para mim
Mesmo sozinho naquele lugar, em grande solidão
O medo não me incomodava, eu usava a razão
Tinha o sol como companhia naquele momento
Estava comigo ali a mostrar toda aquele beleza
Simples e maravilhosa, até a hora do anoitecer
Tudo observando e procurando sempre compreender
Esse espetáculo da natureza, os cavaleiros solitários
Munidos de apetrechos de viagem, fazendo poeira
Um olhar fixo no horizonte, o retorno à cocheira
Na vila que ficava muito distante, longe desse lugar
Hora de voltar à realidade então, de acordar
Adeus, sol, que já se põe, agora é a vez da lua
OS ROMANCES DE MARIQUITA
No interior do Estado
Lá pras bandas do Sertão
Eu conheci uma cidade
Que tocou meu coração
Era linda e aconchegante
De um clima bem agradável
Lá o seu tipo de vida
Eu podia dizer que era saudável
Sertânia era o seu nome
Passei um bom tempo por lá
Conhecia quase todo mundo
Em todo canto, aqui e acolá
Conheci também a história
De uma garota bem danada
Namorava com todo rapaz
Em todo lugar era encontrada
Alegre e bem divertida
Mariquita é seu nome de batismo
Não podia ficar sem homem
Seu negócio era o romantismo
Namorou com João Pedro
Filho de Manoel da mercearia
Tinha um caso com Joaquim
Com ele conversava atrás da padaria
Zé Jando era um rapaz pobre
Que por ela tinha admiração
Mariquita porém não queria
Namorar com pobre não
Já Cirilo dela gostava
Queria até se casar
Mas ela lhe deu um não
Ser preto era seu azar
Há algum tempo atrás
Ela chegou a engravidar
Quando o bucho começou a crescer
O menino ela mandou matar
Queria vida de princesa
Homem só com dinheiro
Gostava mais de aparecer
Pobreza é coisa de fuleiro
E assim o tempo passava
O amor nunca conheceu
As rugas chegaram pra ela
Perdeu tempo e envelheceu
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
CHOVE, CHUVA
Uma chuva forte caía impiedosamente
Molhava aquela terra fértil sem compaixão
Uma chuva da época, o tempo em plena ação
Mostrando sua força naquele campo imponente
Chama a atenção o furor dessa tempestade
Hoje a lama toma conta em grande quantidade
O dia seguinte, porém, pode o sol brilhar
Vem, chuva, molha essas plantas e flores
Enlameia as estradas, traz paz e não dores
O povo empobrecido somente vai agradecer
Chove, chuva, deixa o solo bastante úmido
Há de germinar nele os frutos enterrados
Uma vida vegetal brotando em lugares preparados
Vida necessária ao sustento de outras vidas
A esperança benvinda de um grande aguaceiro
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
O VENTO E A NATUREZA
Sopra um vento refrescante de primavera
VEnto que me deixa, diante da natureza,
DeLirar com essa imensidão de pura beleza
Minha brisa maravilhosa, toca meus cabelos
Acaricia minha pele, me faz um escravo teu
Deixa-me feliz, pois eu preciso sonhar
Protege apenas a natureza, esse mundo meu
POis essa coisa linda não pode jamais acabar
Eu quero estar admirando esse meio ambiente
EsTar sempre sorrindo, alegre e muito contente
Imaginar que esse mundo dure para sempre
ESperando que as árvores cresçam majestosas
Ao sabor do vento em correntes bem gostosas
VIDA DE IDOSO
Corpo cansado
Pelo tempo machucado
Com marcas que a vida se encarregou de ofertar
Mente esquecida
Pelo trabalho vencida
Apenas de relance de algo pode se lembrar
Visão distorcida
Uma lágrima contida
Nem tudo pode ver, pouco pode enxergar
Lento caminhar
Medo de tropeçar
Estágio final da vida, só Deus pode mudar
Vida de idoso
Tempo doloroso
Mas com certeza em outro plano irá reinar
NO PONTO DE ÔNIBUS
No ponto de ônibus
FOi onde te conheci, onde surgiu o amor
Onde tudo começou para nossos rumos mudar
Ponto de partida para com o futuro sonhar
O destino, porém, foi ingrato comigo
No auge da alegria me deu um castigo
Tirou ela de mim, entregou a outros braços
JOgando meu triste coração ao relento
Deixando estraçalhado pelo sofrimento
Diante do ponto de ônibus
LEmbro sempre daqueles doces momentos
Que me transportam ao passado bonito
HOje estou triste, amargando essa desilusão
Nada podendo fazer para aliviar o coração
FIcando apenas parado, naquele ponto de ônibus
Buscando somente uma resposta qualquer
Um sorriso, um aceno ou só um olhar
Sonhando para ao seu lado poder acordar
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
OLHANDO PELA BRECHA
NO seu quarto, adormecida, uma linda mulher
BeLo corpo sensual, um exemplar provocante
Homem nenhum resistiria a uma cena tão excitante
NAquele momento a sensação do prazer tem início
Nada pode impedir, o corpo todo estremece, pura adrenalina
Diante de tal espetáculo aquela pobre mulher nem imagina
Que O seu corpo é visto através de uma brecha
Por um homem impertinente, calmo em sua ação
Entre suspiros e galanteios, muito louco de tesão
ALegre, se achando o tal, longe de ser um cavalheiro
Atento para não ser visto olhando por uma brecha
A Bela imagem que satisfaz, que acelera o coração
Resolvido a ficar ali prendendo a sua respiração
Esperando um movimento, uma posição diferente
E Com as pernas já bambas, sem fôlego e quente
CHama seu senso de responsabilidade e se afasta
A chama se apaga, toda sua energia foi gasta
PARABÉNS PRÁ VOCÊ
Parabéns prá você
Nesta data, neste momento, nesta fase querida
Muitas felicidades eu sinto, minha preferida
Muitos anos de vida para nós dois
Parabéns prá você
Nesta hora que só me dar contentamento
Muitas coisas podem acontecer a todo momento
Muitos anos para o nosso amor continuar
Parabéns prá você
Por esse sorriso lindo e maravilhoso
Parabéns prá mim
Por ter você e me sentir todo orgulhoso
Nesta data, neste momento, nesta fase querida
Muitas felicidades eu sinto, minha preferida
Muitos anos de vida para nós dois
Parabéns prá você
Nesta hora que só me dar contentamento
Muitas coisas podem acontecer a todo momento
Muitos anos para o nosso amor continuar
Parabéns prá você
Por esse sorriso lindo e maravilhoso
Parabéns prá mim
Por ter você e me sentir todo orgulhoso
MULHER APAIXONADA
Uma mulher apaixonada envia uma mensagem de texto, com muito amor, ao celular de seu amado dizendo:
Meu amor,
Se você está dormindo, me envie teus sonhos!
Se você está rindo, me envie teu sorriso!
Se você está chorando, me envie tuas lágrimas!
Eu te amo!
E o homem então responde…
Meu amor, tô cagando…
Quer que te envie alguma coisa?
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
NA AREIA DA PRAIA
Meu soNho terminou, minha vida... meu mundo...
VAi tudo por água abaixo, tudo vai mudar
MutAções constantes... sem a outra parte de mim
O hoRizonte como companheiro, uma distância sem fim
SEntado na areia da praia apenas fico imaginando
DeIxando ali minhas mãos deslizarem, trêmulas
A areia caindo por entre os dedos... levemente
DanDo tempo para aquele gesto continuar
Ao som das ondas, com lágrimas no meu olhar
Ela Partiu, me deixou ali triste, sem um consolo
Resmungando baixinho naquela areia da praia
PensAtivo, aguardando apenas o anoitecer
DIrigindo a Deus uma prece para me socorrer
PAra me dar forças, evitando que em prantos caia
GABI QUERIDA
Gabi querida
A distância entre nós me deixa infeliz, triste
Basta o sol raiar, já começa meu sofrimento
Impondo limites, controlando meu pensamento
Quase me fazendo crer que a vida não existe
Um sono profundo gostaria de experimentar
Esquecer você, sair desse mundo de desventura
Recuperar meu prazer, me afastando dessa tortura
Irradiar somente alegria e nem tão cedo acordar
Desejo, Gabi querida
Acordar com você ao meu lado me abraçando
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