Um
vulto, talvez só imaginação
Medo?
Não sei mais o que é isso
A minha
vida é ilusão, já não sou criação
Sozinho
nesse hospital perambulo
O destino quis que assim fosse
Moribundo,
percorrendo o corredor
Bastante
abatido e sem esperanças
Rindo
por nada, chorando pela dor
Afastado
enfim do convívio social
Não
vejo ninguém, só uma sombra
O meu
passatempo é conversar com ela
Caminho
vagarosamente pelo corredor
O meu
mundo, um mundo somente meu
Relato
minha vida para a sombra
Resto
de vida de quem já morreu
Estranhas
visões que o cérebro detecta
Dores
que o velho corpo aguenta
O delírio me faz ver uma sombra
Rindo
pra mim no corredor, atenta
Nenhum comentário:
Postar um comentário