Em passos lentos ele caminha pelo extenso corredor do hospital. Está de
costas, não consigo ver seu rosto, sei que tem uma certa idade, deve carregar
consigo uma doença qualquer, talvez uma doença grave que o faz ficar tão
debilitado. Sinto pena dele, imagino sua situação nesse estado, me vejo em seu
corpo passando por isso, sentindo dores, almejando uma melhora ou até a morte.
Queria que se virasse para ver seu rosto, vislumbrar sua dor, tentar levar
algumas palavras de conforto e em vão fico só observando seu caminhar vagaroso,
parando de vez em quando, mas sem nunca olhar para trás. O longo corredor do hospital
parece não terminar nunca, mas a minha aflição termina quando desperto desse
sonho triste.
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