domingo, 2 de junho de 2013

O ESTRANHO DO CORREDOR DO HOSPITAL



   Em passos lentos ele caminha pelo extenso corredor do hospital. Está de costas, não consigo ver seu rosto, sei que tem uma certa idade, deve carregar consigo uma doença qualquer, talvez uma doença grave que o faz ficar tão debilitado. Sinto pena dele, imagino sua situação nesse estado, me vejo em seu corpo passando por isso, sentindo dores, almejando uma melhora ou até a morte. Queria que se virasse para ver seu rosto, vislumbrar sua dor, tentar levar algumas palavras de conforto e em vão fico só observando seu caminhar vagaroso, parando de vez em quando, mas sem nunca olhar para trás. O longo corredor do hospital parece não terminar nunca, mas a minha aflição termina quando desperto desse sonho triste.

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