Aqueles olhos esverdeados me fascinavam, me deixavam numa admiração
incontrolável, eu não podia fazer nada contra mim mesmo. Ela era de uma beleza
inigualável, pelo menos para mim, que não cansava de acompanhar seus passos, de
observar a sua maneira de ser, de cumprimentar as pessoas com educação, de ser
atenciosa. Esse seu jeito me cativou, me deixou “amarrado” na sua figura tão espontânea,
porém dentro do respeito e da reserva.
Algumas vezes tive o privilégio de ouvir um “bom dia” ou uma “boa tarde”
de sua pessoa, sempre com um sorriso, o que era retribuído da mesma forma. No
meu íntimo eu a “namorava”, eu a tinha como uma pessoa do meu relacionamento e
até imaginava loucuras com ela, apesar de ser uma senhora casada e mãe de
filhos. O meu cérebro não conseguia evitar essa situação, pouco estava ligando
para isso, queria apenas no segredo do meu pensamento viver aquele momento de
satisfação mental, queria tê-la, desejá-la, fazer o impossível para mantê-la
sob o seu comando. Pobre de mim com esse pensamento bobo, vendo-a passar
elegante, muitas vezes sem perceber a minha presença, mas eu a via sempre, ela
estava na minha mira, o meu olhar não dava descanso para ela, que nem sequer
seu nome eu sabia. Mas ela era “minha”, eu a “queria” de qualquer jeito, eu
sonhava com ela, tinha uma louca admiração por essa mulher ao ponto de esquecer
coisas minhas.
Isso tudo fica só na imaginação, bem guardado nessa minha “cabeça oca” e
jamais ousarei levar qualquer manifestação para o lado extra-cérebro, ou seja,
somente eu sei dessa admiração e jamais esse assunto será de conhecimento
público.
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