sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FÚRIA NO MAR

o mar revolto me amedrontava
a pequena embarcação seguia seu rumo
mas venço o medo e logo me acostumo
sensação estranha para quem não é do mar

ainda é dia, a fúria das águas aumenta
situação assim jamais tinha visto
procuro contornar, com força resisto
na cabine, avessa, Irene dormia

apenas nós dois nessa hora difícil
ela então acordou muito assustada
a chuva piorou, a tarde já adiantada
e o vento castigando com toda rebeldia

perdemos o controle na fúria do mar
uma forte onda em Irene se lançou
perdeu-se nas águas e o barco virou
levando meus sonhos e meu grande amor

adeus, Irene, agora só posso lamentar
agarrado aos destroços vi o tempo mudar
a noite chegara, era só escuridão
e a angústia chegando no meu coração

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