segunda-feira, 31 de agosto de 2015

NÃO ME ESPEREM PARA O JANTAR

Não me esperem para o jantar
Hoje eu resolvi olhar o Mar
Tentar descobrir os seus mistérios
Esquecer os problemas, os impropérios
Ficar ao sabor do Vento, senti-lo
Molhando os pés na água salgada
Quero ver a Tarde lentamente se deitar
Ver o Sol então da praia se apartar
Dando lugar a outras sensações agradáveis
Aliviando meu corpo do calor absorvido
Não me esperem para o jantar dessa noite
Minha vida está um caos, um açoite
Vou esperar a Lua se levantar
Para apreciar seu prateado no Céu
Sentindo o frescor do clima reinante
Afastando de mim essa ilusão dominante
Quero ainda conversar com as Estrelas
Procurar saber o que podem me dizer
Captando em cada brilho algo interessante
Vindo de algum lugar bem distante
Não me esperem para o jantar
Não vou sentir fome, nem sede ou sono
Quem sabe algum Cometa risque o Céu
Tirando dos meus olhos talvez um véu
Que me faz delirar diante desse meu Mar
Que me faz esquecer também o Amor
Bem escondido lá no fundo do Coração
Esperando eclodir com muita emoção
Vou esperar as horas se passarem
Deixar o meu ego falar mais alto
Talvez então eu chegue em casa para jantar
Dormindo depois, é o que posso adiantar

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