quarta-feira, 1 de julho de 2015

O PESADELO DE VAGNER

   O imenso corredor deixou Vagner impressionado, estava num ambiente de uma suntuosidade impecável onde observou que existiam muitas portas e janelas, todas fechadas e na cor cinza claro, as paredes eram brancas, de uma alvura que dava gosto. Notou que existiam nessa edificação vários andares e que nesse local o silêncio era sepulcral, sem a presença de qualquer outro ser humano além dele. Nosso personagem achou tudo isso muito estranho, afinal o que fazia ali já que não se lembrava de ter se deslocado para esse lugar tão misterioso? Quem o teria levado então e por que? Não encontrava respostas para tal situação e isso começou a lhe atormentar, sua mente confusa queria uma explicação a todo custo, até que um ruído vindo do fundo do corredor despertou a sua atenção. Procurou controlar o medo que já se apoderava dele e caminhou alguns passos temendo alguma investida de alguém que lá estivesse, porém nada aconteceu. Vagner apenas viu que existia um outro corredor e que era bem mais longo do que aquele no qual se encontrava.

   Vagner lembrou-se que recentemente havia visitado um museu de sua cidade, onde conhecera várias antiguidades, ou seja, objetos do passado que estavam em exposição. O prédio se assemelhava ao que agora se via nele, no entanto em uma situação completamente diferente, tendo apenas ele como expectador. Aproximou-se do outro corredor e hesitou em continuar, estremecendo ao ouvir um novo ruído e desta vez acompanhado por uma voz que não conseguiu distinguir o que dizia. Quase perdeu o fôlego quando ouviu claramente a voz pronunciar o seu nome, nem se dando conta de que já caminhava pelo segundo corredor, que por sinal estava com pouca luminosidade. Percebeu também um certo declive no piso e que se acentuava a medida que andava. A voz insistia em chamá-lo mas ele não definia de quem era, sentindo que começava a cair vertiginosamente, até detectar que estava em sua cama e que sua esposa o acalmava, pois estava tendo um pesadelo. 

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