quarta-feira, 29 de julho de 2015

EU E A CHUVA

molha a chuva a terra já bastante seca
o sol, grande rei, há tempo se escondeu
meu pensamento voa, não compreendeu
essa mudança tão repentina do tempo
          o aguaceiro torna-se então mais forte
          até que encharca rapidamente a terra
          e ela, a claridade, enfim se encerra
          me levando a uma profunda reflexão
da janela olho o tempo, as nuvens escuras
os jatos de água se projetando no asfalto
a natureza agradece e eu num sobressalto
volto para a sala fechando a minha janela
          passou-se algum tempo, a chuva continua
          sinto frio, solidão, procuro então me aquecer
          visto um casaco, tomo um café e só agradecer
          por este ambiente quentinho onde agora estou
lá fora a chuva insiste, vou novamente para a janela
um tempo cinzento, na rua não vislumbro quase nada  
eu e a chuva, me sentindo refém dessa vilã determinada
que me prende aqui, apenas me deixando livre pensar
          eu aqui dentro, ela, a chuva, ainda bem lá fora
          ela me deixando com frio, trazendo um vento gelado
          mesmo assim gosto dela, esse “amor” não é negado
          por isso vou sempre à janela para vê-la de perto

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