sábado, 5 de março de 2011

O APITO DO TREM

O apito do trem me tirou de um cochilo momentâneo
Imaginando muitas coisas, mergulhei no passado
Vivenciei minha terra, minha gente de um lugar isolado
De costumes antigos, muito diferentes dos tempos atuais
Esperando o trem, o tempo parecia ter parado
Em minha cabeça apenas lembranças, tudo acabado
Um novo apito do trem, levantei apressado do banco
As malas no chão, o pensamento vagando em vão
Eu era o retrato da incerteza, um ser na solidão
Tentando voltar a viver numa terra bem distante
Acomodado na poltrona, o trem agora era meu mundo
O apito da saída me trouxe uma certa alegria
Lá fora a mesma paisagem, nada diferente se via
Apenas a carícia da brisa no meu rosto triste
A dúvida do que iria encontrar na minha cidade
O que deixei por lá nos meus tempos de mocidade
Enfim cheguei, o trem anunciava apitando
A estação estava repleta de pessoas esperando
Ninguém me esperava, apenas o apito do trem
Anunciava a minha chegada na minha terra

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