Era a primeira vez que Beatriz dormia
sozinha em seu novo quarto. Seus pais haviam acabado de comprar uma casa e
tiveram o cuidado de decorar o quarto da filha de apenas sete anos, comprando
móveis novos e instalando uma cortina na janela que dava para o jardim onde
existiam algumas árvores. A primeira noite foi uma maravilha, ela adorou, se
sentindo até independente em seus novos aposentos, porém na segunda noite algo
chamou a sua atenção quando uma sombra por trás da cortina da janela se
movimentava estranhamente. Beatriz sentiu medo e levantou-se apressadamente,
indo em direção ao quarto dos pais. Questionada sobre essa decisão ela nada
falou, limitando–se apenas a conter o medo e pedir para dormir com eles.
Os pais de Beatriz estranharam o fato dela
não mais querer dormir em seu quarto a partir da noite seguinte, apesar de
presenciarem ela entrar no quarto furtivamente como se estivesse investigando
alguma coisa. Novamente questionada ela resolveu dizer o que havia acontecido
na segunda noite. Os pais riram quando a filha falou sobre a sombra que se
movimentava por trás da cortina da janela de seu quarto. Naquela noite
decidiram por fim a essa situação e ver o que realmente estava acontecendo.
Realmente constataram que uma sombra quase em forma humana parecia mexer-se
atrás da cortina, mas não era nada mais, nada menos do que a sombra de um galho
sob o reflexo da luz que vinha de um poste na rua.
No dia seguinte o galho da árvore foi
cortado e Beatriz pôde dormir tranquilamente em seu quarto sem ser importunada pela
sombra. Para uma menina se sete anos o problema era aceitável, mas que foi
rapidamente resolvido.
muito amigo
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