quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

NO ALTO DE UM PRÉDIO



Subo no mais alto dos prédios, me deu essa vontade repentinamente. Queria me sentir mais perto do céu, ver melhor as nuvens, olhar para baixo e me impressionar com as pessoas bem diminutas tal qual formigas caminhando calmamente. Carros que parecem brinquedos de crianças se locomovendo bem devagar aos meus olhos e nenhum barulho que pudesse me incomodar, a não ser o do vento em meu rosto, assanhado os cabelos já quase totalmente brancos e poucos. Isso me dava um certo alívio, eu me sentia bem e imaginava que todos poderiam fazer o que eu estava fazendo, muita coisa mudaria. Um pássaro voava perto, batia asas, me fazia inveja por fazer o que eu jamais conseguiria, mas mentalmente eu fazia sim e me via ali pertinho dele, voando, podendo cumprimentá-lo gorgeando. Lá se foi o pássaro sumindo no horizonte, mas eu "voltei" para a sacada do prédio, continuei a admirar a natureza, os demais edifícios, o céu, as nuvens. Uma aeronave de pequeno porte cruzou o espaço, voava devagar ao sabor do vento, me deixou com o pensamento de estar pilotando ela, imaginava que direção tomar, mas ela me decepcionou, tomou rumo diferente do que o que eu havia "determinado", mas tudo bem, nada eu podia fazer.
Na verdade nem sei por que estou escrevendo isto, talvez um desabafo, alguma vontade estranha, esquisita, sei lá! Fiquei alí por minutos, apreciando o que me fazia bem, ou seja, a natureza, aquele azul e branco do espaço e deixando fluir pensamentos, desejos, coisas de quem se habitua a parar no tempo e sonhar acordado. De certa forma faz bem para nós, sabiam? O importante é você sempre olhar para o alto, mesmo estando no alto de um prédio, isso ajuda muito a equilibrarmos as nossas aspirações e nos fazem pessoas melhores.

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