domingo, 15 de dezembro de 2013

CAVALEIROS DA LUZ

   Igor se deslumbrava com os raios do sol, se impressionava com a claridade que o astro rei despejava sobre a face da Terra. O que seria do nosso planeta sem essa claridade, sem essa oportunidade de vermos tudo sem ter que recorrer a luz artificial? Mas até a luz artificial impressionava Igor, que ficava horas a imaginar coisas que só o seu cérebro podia imaginar. A luz do sol durante o dia e a luz artificial durante a noite, isso o fazia imaginar um monte de coisas, que fugiam até da normalidade, do dia a dia do planeta Terra.

   Costumava ficar um bom tempo apreciando o nascer do sol, curtia a mudança do escuro para o claro. Imaginava poder controlar a luz, modificar os costumes das pessoas e transformar o mundo sem ter que prejudicá-las. Geralmente era no final da tarde que apreciava a luz do sol ir embora e o mundo entrar na escuridão, preferindo um local ermo para esse espetáculo da natureza. Tinha uma luz especial que se fazia presente em sua mente, que surgia no horizonte e percorria o céu do nascente ao poente, com mistura de cores, que o deixava extasiado. Só ele percebia essa luz, onde cavaleiros elegantemente vestidos, em cavalos que flutuavam majestosamente no espaço, como se estivessem cavalgando por estradas ou caminhos sólidos, parando vez ou outra e cumprimentando-o. Igor acenava para eles, sorria, aceitando as suas reverências. Era uma cena de pura beleza, de satisfação total para quem admirava a luz. Ao final da apresentação Igor aplaudia, vendo os cavaleiros sumirem na luz que aos poucos ia se dissipando e fazendo com que ele voltasse a realidade. Sonho? Imaginação? Igor não sabia explicar, apenas queria viver aquele momento de felicidade.

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