Calçadão de Boa Viagem, pouco mais de nove da manhã, o calor já começa a
incomodar. O fluxo de veículos na Avenida Boa Viagem é intenso, carros em
velocidade moderada, alguns em alta velocidade, os apressadinhos do trânsito. É
um dia normal da semana, uma quarta-feira, para ser mais preciso. Sentado no
que poderia chamar de banco, estruturas de concreto que dividem a calçada da
areia da praia, eu descansava numa sombra de árvore, das inúmeras que existem
em quase toda a extensão da orla. Nada para fazer, apenas olhar o vai e vem de
pessoas em suas caminhadas, algumas acompanhadas batendo um papinho, outras com
fones de ouvido escutando músicas, o que é normal hoje em dia. Atrás de mim o
mar verdinho, água parada tal qual uma enorme piscina, uma vontade incrível de
dar um mergulho, mas não posso, não estou com roupa de banho, estando aqui
porque vim em Boa Viagem resolver um problema e acabei sentado aqui a olhar os
altos prédios da orla, o semblante das pessoas nesse caminhar pra lá e pra cá,
além de observar a beleza desse mar, esse mundo de água salgada.
O tempo passou, já deu pra refrescar a mente com esse belo descanso, já
deu pra aliviar um pouco o peso dessa carcaça velha que chamam de corpo. Olho o
relógio, são mais de dez da manhã, até que não demorei muito. Vamos embora,
Moacir (digo pra mim mesmo e em voz alta), sem me incomodar se alguém ouviu ou
não.
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