quarta-feira, 23 de outubro de 2013
A M O R
A.onde você foi que tanto te procuro?
M.esmo nos templos, nos lares, na rua...
O. que eu vejo é ódio, é interesse e nada mais
R.ogo a Deus que você apareça logo
A.quiete os corações partidos
M.erecedores de paz, de alegrias
O. mundo precisa, tem necessidade
R.esta somente a sua presença
sábado, 19 de outubro de 2013
D O M Í N I O
eu faço
parte da tua vida
quero saber
o que fazes
não quero
que ames, que cases
que sejas de
mais ninguém
quero sempre
te ver assim
linda e
sorrindo para mim
ousada,
quando determino
manhosa,
quando quero carinho
dormindo,
quando estou sozinho
mas sempre
ao meu alcance
para não
fugir do meu domínio
és minha
deusa, minha escrava
que no meu
peito crava
a ponta
aguda do teu amor
tu és a
metade de mim
e sem ti não
posso viver
se me
deixares vou morrer
sem o outro
pedaço meu
esse domínio
me alucina
me faz
pensar na morte
pois se me falta
a sorte
é o caminho
que vou seguir
terça-feira, 15 de outubro de 2013
HOJE À NOITE
hoje à noite eu vou
sair
vou procurar alguém
para me agasalhar
cansei de ficar no
meu quarto a pensar
a imaginar amores e
emoções
hoje à noite vou
procurar Rosinha
aquela que um dia
sorriu para mim
e se ela não me
receber, mesmo assim
vou me considerar
feliz porque a vi
indo então em busca
de antiga namorada
que nos tempos de
criança era amada
como eu gostava
daquela menina meiga!
hoje à noite não
posso deixar passar
a oportunidade de
mostrar quem eu sou
esse homem ativo
que sempre implorou
para que pudesse
amar alguém de verdade
se não encontrar a
antiga namorada
cujo nome não me
lembro agora
não vou desistir,
não vou embora
vou procurar no
meio da rua alguém
com quem possa
conversar um momento
contar pra ela todo
o meu sofrimento
e talvez conseguir
com minha lamúria
que essa noite não
seja em vão para mim
que eu possa tocar
o seu coração
e extravasar toda a
minha emoção
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
FAZENDO AMOR COM NORMINHA
uma batida forte na porta
e meu corpo todo estremeceu
que fazer se nem amanheceu?
Norminha ficou logo apavorada
sem saber o que fazer
logo agora alguém foi aparecer
justo na hora do amor
eu nem tinha penetrado
perdi logo o rebolado
e tratei de me esconder
embaixo da cama fui parar
não podia nem respirar
para não ser descoberto
- o –
e Norminha toda nervosa
a porta do quarto abriu
foi a mãe dela quem surgiu
dizendo ter escutado barulho
eu tinha chegado de madrugada
na casa da minha namorada
tendo entrado furtivamente
para dar uma com ela
e depois de fechar a janela
a mãe dela deve ter percebido
mas tudo saiu como que queria
gozei na menina, que alegria!
e antes do amanhecer fui embora
domingo, 13 de outubro de 2013
MENSAGEM SOBRE SATANÁS
Muito cuidado, pessoas de bem, o mundo está completamente enlouquecido e entregue ao descaso, a violência, ao despudor, a falta de responsabilidade das autoridades constituídas, a falta de fé, o que está tornando as pessoas infelizes por dentro e felizes na aparência. O #Rabudo está operando nas mentes fracas, está tomando os seus lugares, está enganando ao ponto de fazer-se acreditar que o caminho é esse. #Demo está dominando as pessoas, fazendo com que se matem por bobagens, por vingança, para tomar o que você conquistou com luta. As pessoas incultas estão satisfazendo os desejos do #CoisaRuim e se entregando a bebedeira, ao sexo impuro, as vaidades, vícios que destroem o corpo, como as drogas. Faça uma higienização no seu cérebro, eleve o seu pensamento a Deus, aprenda a orar pelo menos quando for dormir, esqueça as desavenças, procure perdoar e isso fará com que você seja liberto de #Satanás, que tanto azucrina todos nós. Não pensem que estou dizendo asneiras não, isso tudo é verdade, o #Diaboestá se aproveitando das pessoas fracas de espírito, está fazendo acreditar que cada um deve agir como quiser e que neste mundo não existe nenhum soberano a não ser ele, o #Demônio, rei das trevas. Pense duas vezes antes de agir contra seu semelhante, já basta tanta violência neste mundo, tanta falta de amor, tanta incompetência de quem deveria nos proteger. Só temos que agradecer a #DEUS por nos dar forças para lutar e caminhar por uma estrada livre do mal até o dia do juízo final. Paz e bem.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
NUVEM DE FUMAÇA
Sentado numa mesa de bar, Kléber deu uma
baforada de cigarro para cima e imaginou naquela nuvem de fumaça todos os seus
pensamentos se concentrarem. Aquela nuvem de fumaça se formou no ar
propositadamente e ali ficou por um certo tempo, na calmaria do ambiente, sem
que a corrente de ar a dissipasse. Kléber “jogou” ali tudo o que estava
perturbando a sua cabeça, tudo que pensava e que não era bom para ele. Ficou
ali parado olhando a fumaça aos poucos desaparecer e levar com ela todos os
problemas que o importunava, que o deixava pra baixo, sem conseguir encontrar
prazer em nada que fizesse. Tomou um gole de cerveja e sentiu duas lágrimas
rolarem pelo rosto. Admirou-se, pois não tinha o costume de fraquejar assim,
chegando a esse ponto. O que estaria acontecendo afinal?
Tempos atrás ele estava em um bar, não esse,
um outro qualquer que não recordava mais devido ao tempo que passou. Tinha uma
bela companhia, era mais jovem, tinha planos na vida e tudo corria bem.
Laudicea, esse nome nunca lhe saiu da memória, uma garota que conhecera num
baile e que tentou paquerá-la, até conseguindo de certa forma. Mas o destino
foi cruel com Kléber, que em plena mesa de bar tomando uma geladinha com ela,
viu o seu desejo não ser realizado quando Laudicea fixou o seu olhar em outro
rapaz e se desculpou lhe pedindo licença e caminhando tranquilamente na direção
dele. Kléber procurou terra nos pés e não encontrou, ficou desiludido e teve
vontade de ir embora, mas ficou, queria ver até onde ia isso. Se surpreendeu quando
Laudicea saiu lhe dirigindo apenas um olhar. Nunca mais a viu nem teve
notícias.
Agora, sentado na mesa de bar, procurou a
fumaça que não mais estava no ar, quis formar uma nova nuvem mas se conteve. A
mão de uma mulher tocou o seu ombro e ele se assustou quando viu o rosto da
figura feminina que o abordava. Era Laudicea que instintivamente entrara nesse
bar levada por uma força estranha e contra a sua vontade. Ao entrar ela
reconheceu aquele homem que um dia o deixara só, indo ao encontro de outro.
Arrependeu-se amargamente com o tempo e agora, separada de um casamento que
durou quatro anos, se vê frente a frente com Kléber, que nem conseguiu sorrir
em vista da surpresa.
A mesa de bar ficou em festa, Kléber já
conseguia sorrir, já conversava animadamente com Laudicea. O tempo que ele
passou pensando nessa criatura o deixou muito abatido mas tudo mudou como por
encanto e a nuvem de fumaça pareceu ter ajudado Kléber a ajustar sua vida.
M O T I V O S
eu tenho todos os motivos
para não gostar de ti
todos os motivos mesmo
para não abraçar esse corpo
de uma mulher impura e infiel
eu tenho todos os motivos
para me afastar de ti
todos os motivos, acredite
para não beijar essa boca
que muitas outras bocas beijou
eu tenho todos os motivos
para ir para bem longe
todos os motivos eu tenho
para nunca mais olhar nos teus olhos
e dizer que não mais te amo
mas eu tenho um motivo
um único motivo apenas
que me faz ficar contigo
e enfrentar todas essas coisas
esse motivo é: eu te amo
sábado, 5 de outubro de 2013
REVELAÇÃO E REMORSO
O carro parou em
frente da casa em estilo colonial e dele desceram cinco pessoas. Um senhor de certa
idade apresentava um semblante triste como se aquele lugar não lhe agradasse,
diferente das demais pessoas que sorriam ao adentrarem o imóvel. Parado ali,
enquanto todos se divertiam com aquela chegada, o homem deixou cair algumas
lágrimas numa clara demonstração de que ali não gostaria de estar. Chamava-se
Rubens e essa casa era dele e as pessoas que chegaram com ele eram seus
familiares. Alguns minutos se passaram e Rubens continuava ali próximo ao
carro, absorto em seus pensamentos, talvez querendo desistir de entrar na casa,
arranjando uma desculpa qualquer para voltar, mas foi chamado por Rute, sua
filha mais nova:
- Pai, venha! Entre.
Um mundo de preocupações pareceu cair sobre sua cabeça
deixando-o sem saber o que fazer, porém atendeu ao apelo da filha e entrou.
Sentiu seus nervos se agitarem e uma dor a martelar sua cabeça. Raquel, a filha
mais velha, perguntou:
- Tá se sentindo bem, pai?
Rubens acenou a cabeça afirmativamente e procurou esquecer
o que lhe afligia. Segurou a bengala com firmeza e percorreu os cômodos da
casa, tentando não demonstrar nada que perturbasse as filhas e os dois netos
que o acompanhavam. Estavam felizes, lamentavam somente a ausência de d.
Aurora, a esposa de Rubens, que segundo ele desaparecera misteriosamente sem
deixar vestígios, deixando todos sem uma explicação lógica, sem um motivo que
justificasse esse sumiço.
Para entendermos
melhor esta história, vamos voltar no tempo, há exatamente vinte anos, quando
as filhas eram ainda crianças e moravam nessa casa. Rubens e Aurora brigavam
frequentemente por causa de suas aventuras amorosas e na última briga Aurora
levou a pior. Rubens teve o desplante de levar uma amante para o próprio lar
aproveitando a ausência da esposa, que chegou repentinamente e o flagrou em
colóquio amoroso na cama do casal. Isso foi demais para Aurora, que se
enfureceu e partiu para cima de ambos com uma faca na mão. Rubens tentou evitar
o golpe e segurou-a com força, mas por infelicidade a faca cravou-se no peito
da esposa que caiu esvaindo-se em sangue. As meninas estavam na escola e ele
apavorou-se com a situação, sem condições de socorrê-la naquele momento, visto
que a casa ficava em área rural e não dispunha de transporte para levá-la a um
hospital de imediato. Mas seria impossível lhe devolver a vida, pois ali mesmo
Aurora expirou. Diante do fato Rubens decidiu sepultar a esposa ali mesmo, nos
fundos do imóvel, onde cavou um buraco e colocou o corpo com a ajuda da amante,
que após o fato sinistro sumiu da vida de Rubens.
O marido infiel
justificou depois para as filhas que a mãe havia desaparecido por conta das
divergências dele e escondeu a verdade durante vinte anos. Mudou-se para outra
residência do casal e deixou o imóvel rural ao abandono. As dívidas cresceram e
a casa foi tomada por falta de pagamento da hipoteca, obrigando-o a voltar para
a antiga casa na zona rural.
Rubens começou a
fraquejar e caiu, sendo amparado pelas filhas, que exigiam uma explicação para
tal acontecimento. Um pai que iniciou um choro convulsivo tinha que dar
explicação pelo que estava acontecendo e o remorso tomou conta dele, que contou
toda a verdade e pediu perdão. Raquel e Rute choraram muito quando foram
informadas pelo pai do desaparecimento da mãe e agora, vinte anos depois,
repetiram o mesmo gesto, tiveram um duplo sentimento de tristeza e de perda,
quando do “desaparecimento” e depois com a revelação do pai.
Voltaram a residir
ali, depois da retirada dos ossos de Aurora e um sepultamento digno. Mas Rubens
perdeu toda a vontade de viver e adoeceu gravemente, vindo a falecer dias
depois.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
UMA VIDA DE CÃO DE UM CÃO
Depois de percorrer léguas no sol quente, sempre com a língua de fora,
enfim sombra e água fresca, ou melhor, somente a sombra, pois a água estava
muito distante ainda para um pobre cão que estava perdido numa selva de pedra e
trânsito engarrafado. Eu o havia seguido de moto, de longe, querendo saber
aonde ia e o que faria depois. Parado numa sombra de árvore ele observava os
carros, se assustava às vezes com buzinas e não se incomodava com meio mundo de
gente perto dele. Enquanto ele estava na sombra, descansando com certeza, eu
estava no sol, parado, guardando uma certa distância para não ser identificado
pelo animal.
Passaram-se alguns minutos e eu resolvi me abrigar na sombra de um
poste. Em seguida o cão resolveu reiniciar a caminhada e foi parar exatamente
na entrada do prédio onde eu e minha esposa alugamos recentemente, já que
ficava próximo do trabalho dela. A casa onde morávamos ficou com os filhos, que
não dispunham de tempo para cuidar de “Rex”, que ficou conosco no prédio no
centro da cidade. Como o síndico proibiu a permanência dele no prédio, tivemos
que dar um jeito de deixá-lo na casa do subúrbio, com alimentação e água. Essa
foi a terceira vez que “Rex” chegou sozinho ao prédio e nessa última eu decidi
segui-lo por vários quilômetros de distância e checar a capacidade desse animal
de estimação de procurar a companhia de seus donos, me fazendo ficar com ele na
casa do subúrbio e desistir do prédio alugado.
“Rex”
não vai mais “reclamar” da nossa companhia e nem vai mais precisar fugir,
enfrentando sol e trânsito conturbado na cidade.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
DESPEDIDA DO SOL
o sol do finalzinho da tarde se despedia
dava um adeus melancólico no horizonte
levando com ele para detrás do monte
os meus pensamentos que no ar flutuavam
saídos de mim quase lentamente
como se escapassem furtivamente
não querendo que eu sofresse mais
eu olhei para aquele sol e implorei
pedi para que ficasse mais um pouco
gritei, não adiantou, quase fiquei rouco
iria perder mesmo o meu passatempo
esses poucos minutos vendo o sol fugir
sabendo que a escura noite logo ia cair
me fazendo esquecer esse deleite vespertino
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