o velho
setentão, sempre solitário
vivia em
seu quarto enclausurado
com ar de
medroso, cérebro dominado
parecia
que alguém agia por ele
tinha
atitudes estranhas, sorria
não saía,
pois detestava o dia
preferindo
sair à noite, longe da luz
dizendo
ver coisas, pessoas mortas
tinha uma
corcunda, as pernas tortas
um
monstro que assombrava todos
às vezes
ficava triste, chorava
um uivo
de quem implorava
pedindo
para não ser assim
o dia lhe
causava muito medo
adorava a
noite, tinha um segredo
em ruas
escuras ele caminhava
talvez
procurando algo para si
se
encontrasse entrava em frenesi
voltando
apressado para sua clausura
ali
ficava, resmungando palavras à toa
sorrindo
feliz, se achando numa boa
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