sábado, 17 de dezembro de 2011

EMÍLIA

uma forte corrente de ar
entrou pelo enorme corredor da casa
Emília dormia profundamente
naquela manhã que se previa de chuvas
acordou assustada colocando as luvas
para encobrir uma enfermidade em suas mãos
isso a entristecia, a deixava quase reclusa
naquele quarto onde o sol pouco clareava
na verdade ela não gostava, ele a incomodava
Emília sentia uma profunda decepção
por razões que o coração é quem sabe dizer
amara um homem que suas mãos o destruíram
movida pelo ódio os ciúmes a consumiram
hoje lamenta o desfecho de seu ato impensado
o destino colocou marcas em suas mãos
jamais vai esquecer, sente agora a carícia do vento
que entra pelo corredor e aguça seu pensamento

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