sábado, 3 de setembro de 2011

O QUARTO

O vento frio penetrou ligeiramente pela janela
Que se abriu num impacto quase silencioso
Daquele quarto na penumbra, um tanto misterioso
Lá fora a chuva caía fina molhando poucos transeuntes
A noite avançava como querendo encontrar o dia
E minimizar um sofrimento que o quarto escondia
Ali a solidão reinava, o clima era de tristeza
Que envolvia lágrimas num silêncio sepulcral
E um alguém sobre a cama, coisa anormal
Outrora esse quarto já fora tão bem arrumado
Com noites alegres de tão intenso amor
Sem nunca conhecer um só instante de dor
Seu dono era solitário, porém alegre e feliz
Só não conseguiu enlaçar sua vida com alguém
Que mudasse o seu rumo e o amasse também
Hoje o quarto está triste, a doença lhe faz companhia
As forças lhe fogem, o mundo parece não existir
Paga o preço caro de só querer se iludir

Nenhum comentário:

Postar um comentário