quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DESESPERO

a água cristalina me enganou
meus olhos se deslumbraram com tanta beleza
estavam sempre alegres, nunca viram tristeza
o dia me convidou, pensei em nadar
sentir a natureza, molhar o corpo sadio
sorrir para a vida como um menino vadio
mergulhei, senti o corpo estremecer
foi como se alguém me desse um aviso
franzi a testa, tentando talvez um sorriso
não sei o que houve, não pude depois comentar
me bateu a angústia, o desespero começou
pensei com toda certeza: o meu sonho acabou
tentei voltar à tona, minhas forças acabaram
o desespero aumentou quando faltou a respiração
queria o ar puro para a minha salvação
sentia que estava indo embora do mundo
na água cristalina, água que me deslumbrou
              adeus, vida! um outro plano me chamou

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