segunda-feira, 21 de novembro de 2016

INQUIETAÇÃO


Imploro para ver um clarão no céu
Mas tudo é tranquilo, nada acontece
E meu coração se desanima, se entristece
Me fazendo ir lá no fundo do pensamento
Em busca de algo que me tire dos olhos o véu

Por que meus olhos não veem o que imagino?
Tudo é calmo, eu sei, mas algo me inquieta
Imagino o que vem veloz como uma seta
Para causar estragos e mortes sem fim
Porém a mente não ajuda, não a domino

Horas e horas eu passo somente esperando
Aguardando o desfecho do que há de vir
Não sei o que é, também não posso deduzir
Que mal fará e quanto tempo vai durar
Só sei que muitos estarão comemorando

Essa inquietação se abate sobre mim
Acordo de madrugada, olhos bem atentos
Ouvidos aguçados, coração em batimentos
Esperando o clarão vindo do céu
Algum estrondo, sinal ou coisa assim

Nada! Nada acontece e eu me decepciono
Levanto assustado e vou olhar a rua
Calmaria total, silêncio, o brilho da lua
Um céu estrelado com poucas nuvens
Volto prá cama dando sequência ao sono

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