domingo, 8 de janeiro de 2012

OLHOS MORTOS

seus olhos pareciam fitar o infinito
claros como a água, mas nada podiam ver
mesmo assim insistiam a cada amanhecer
derramavam lágrimas como os nossos
imaginavam movimentos em plena escuridão
a cada brisa sentia pulsar forte o coração
debruçado na janela passava o tempo ali
sonhava com a vida, com amores perdidos
queria extravasar os sentimentos contidos
olhos mortos que não podiam enxergar
quanta beleza estava a sua frente
que o deixaria atônito, muito contente

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